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Thursday, March 31, 2016

Um post por ano.

Uma postagem por ano está longe do que eu gostaria de escrever aqui. Mas a verdade é que eu nunca consegui adquirir o ritmo que eu gostaria de ter para escrever um blog. Às vezes por falta de assunto, às vezes por falta de tempo, e às vezes por falta de paciência mesmo.

A verdade é que me sinto insatisfeito por deixar este blog assim, meio zumbi, abandonado, como se não significasse nada. A verdade é que este blog tem me acompanhado há muitos anos e eu tenho dificuldade em deixar certas coisas para trás. Por isso, acabei mantendo isto aqui aberto, mesmo que o ritmo de postagens tenha sido excruciantemente baixo.

Algumas vezes já tive a ilusão de ter um blog popular, com milhares de pessoas acompanhando postagens, mas o problema é conteúdo. Tenho interesse e vontade de falar sobre várias coisas, mas nunca senti o impulso devido para criar um blog a respeito e me manter no assunto.

Gostaria que isso fosse diferente. Mas a verdade é que este é um blog pessoal, e por isso não tem tema ou conteúdo definidos. Por isso, temo que ele vá continuar sendo meio aleatório, embora eu pretenda aumentar o ritmo de postagens.

Enquanto isso, vou caçando algum tema sobre o qual valha a pena falar.

Friday, June 14, 2013

Gritar é fácil, mas...

As grandes cidades do Brasil estão passando por um momento difícil. Ainda não vou glorificá-lo como "histórico", como os mais afoitos já fazem, porque ainda não acho que seja justificável o rótulo. Mas basta dizer que quem não viu esse momento chegando lá em 30 de Outubro de 2007 esteve meio cego nesses últimos tempos.

O que eu acho mais irônico disso tudo é que eu não duvido nada que muitos dos que agora estão "levando bala de borracha" comemoraram loucamente a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo. E, agora, convenientemente, mudaram de lado.

Pessoalmente eu sempre soube, desde o momento em que ficou claro que 2014 seria aqui, que isso era inevitável, e nunca escondi isso. Algumas pessoas me acusaram de ser "do contra", de torcer pelo pior, mas paciência. "Vocês vão ver quando estivermos perto da Copa", eu falei.

E estamos vendo, de fato; e o prisma tem muitos lados.

O Brasil é uma panela de pressão disfarçada de banho-maria. Por trás do aspecto jovial, amigável e tolerante sempre houve um conjunto de tensões internas muito violentas, basta olhar para a história do país.

A escravidão ainda é um espinho na garganta que não desapareceu, apesar da abolição 125 anos atrás. Sobrevive até hoje o racismo que supõe que quem não é caucasiano é inferior, mascarado por políticas paliativas e imediatistas que não atacam a raiz do problema.

A atitude padrão do brasileiro ainda é a mesma daqueles que atravessaram o Atlântico 500 anos atrás: explorar, tirar vantagem, enriquecer, sempre colocando o bem próprio acima do coletivo. Todo mundo ainda tem um pouco desse ranço. Por mais que os protestos estejam barulhentos, basta abrir olhos e ouvidos para o que acontece ao redor: ainda se valoriza o emprego concursado, o jeitinho, a vantagem. Ainda se despreza o trabalho duro, o estudo, a dedicação e, acima de tudo, a honestidade.

O que é realmente triste é que o que tem acontecido nos últimos dias é traumático, e pode não dar em nada.

É óbvio que não se trata de "apenas 20 centavos". Não precisa ofender a minha inteligência dizendo isso. Até os protestos na Turquia começaram por causa de um shopping center. Mas não é esse o ponto. Os 20 centavos foram uma espécie de estopim para a onda de protestos "vazar" do Facebook para a rua, refletindo a vontade das pessoas se sentir que estão fazendo algo de concreto "pelo bem da pátria". Mas só se ouve "se a tarifa não baixar a cidade vai parar" vindo dos manifestantes. Onde está o grito por uma justiça mais ágil? Onde está o grito pelo fim da carga tributária abusiva? Onde está o grito pelo controle da corrupção? Esses eu não ouvi; só vi mencionarem isso ex postfacto.

Por mais que digam que os manifestantes estão ali pacificamente, ninguém pode negar que sempre existem aqueles que se aproveitam da multidão para incentivar ou praticar aqueles impulsos mais obscuros de quebrar, pichar e vandalizar, escondendo-se atrás do "vândalo genérico" e escapando da punição. Ou vão dizer que os símbolos de anarquia ou a vandalização de monumentos é algo de natureza pacífica?

Mais ainda: não sei se faz realmente muita diferença quem começou as agressões, pelo menos no caso de ontem. A esta altura do campeonato (no pun intended), os ânimos estão exaltados de ambos os lados, com elementos individuais sentindo o desejo instintivo e natural de retribuir acusações (injustas ou não) com violência, num impulso quase animal de provar que está certo pela força. Numa situação dessas, manifestantes podem ir às ruas já esperando (ou até mesmo planejando) se ferir, e policiais vão às ruas já se sentindo acuados, sendo hostilizados, acusados de ignorantes e de coisa pior. Na saraivada de ofensas, quem está certo? De que adianta ofender e só depois oferecer flores? E de que adianta bater primeiro e perguntar depois, assumindo o papel de truculento?

No frigir dos ovos, enquanto os protestos não acertarem sua mira e procurarem atingir a raiz do problema, prefeitos, governadores e presidentes (juntamente com os demais agregados) estarão a salvo, pois estarão fora de foco e ainda poderão se esquivar. Gritar é fácil, mas para efetivamente provocar mudanças positivas será necessário um esforço muito mais eficiente. É necessário mais que gritar, é necessário procurar enxergar a situação além dos pontos de vista e dos preconceitos. Enquanto as pessoas ficarem só no estardalhaço, reelegendo os mesmos representantes, qualquer esforço será infrutífero. Em outras palavras, mantido o contexto, nada muda. No máximo, o ônibus volta aos ainda caros (e injustos) R$ 3,00, e a multidão se dispersará.

Thursday, March 03, 2011

Onward!

"Don't wait too long for the right reason, or else you might end up making the wrong choice."
-- me
I'm not completely sure about how that popped into my head. A couple of weeks ago I was doing... sometehing, and the words just came to me. Being completely honest I've been thinking a lot lately about what it means, and it probably just spontaneously formed from random thoughts I had in my mind.

It is about opportunities.

I don't really like to talk about personal stuff here; I'd rather leave it to when I'm face to face with the very few people with whom I actually feel close enough to talk about it. So I'm gonna try to keep things a bit superficial here.

When opportunity shows up we can't afford to hide from it. "Comfort zone" is just another name for a potential well: it's cool to just hang out there, vibrating in our fundamental frequency, but if you don't gain more energy to reach other levels and eventually go over the potential barrier you're never gonna see what's out there beyond the "event horizon", and that's bad because we grow when we are challenged, when there is a problem and we face it without fear. Each opportunity is a quantum of energy with the potential to help us overcome that barrier, but we only gain that energy if we actually interact with that quantum, or else it passes through and we are left none the wiser.

It takes a geek to come up with an analogy like that.

I could go on and on with it, but then I'd carve my way into other even less familiar topics but then the point would be kind of moot by then. I'd rather not end up with a null set (there, did it again).

I've been going through a quite... busy time in my life (in every sense) and what's curious about it is that it was caused by myself. It's something that began some time ago and for completely different reasons, but I've thought a lot about many things and now I see that one of the worst times of my life may have been also one with the best outcomes. Many opinions about people, places and events have changed a lot. It's all a big self-knowledge ride, really.

Bottom line, it feels pretty good to be finally moving forward.

Thursday, November 18, 2010

Se eu morrer antes de você

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !

Vinícius de Moraes

Sunday, October 31, 2010

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Eu confesso: sou preconceituoso. Minha opinião de muita gente se viu transformada no momento em que eu descobria em quem votavam.

Depois de oito anos da mais pura baixaria eleitoreira, dos escândalos efusivamente negados, das piadas sujas jogadas na cara do povo brasileiro, os responsáveis foram hoje reconduzidos a mais um termo de quatro anos.

Não que a alternativa fosse espetacularmente melhor; o PSDB é o partido mais burro do Universo, e para mim está claro que não tem condições de governar até que aprenda a assumir o papel de oposição, até que deixe de ser covarde e tenha a coragem de assumir suas posições publicamente, sem medo da popularidade dos outros.

O resultado de hoje é mais um que confirma algo que sempre acreditei ser o caso do Brasil. Não somos um país com vocação para ser líder de coisa nenhuma, muito embora sejamos. Não somos um país com vocação para servir de exemplo para ninguém, muito embora sejamos. Não somos um país de todos, senão meramente uma nação de oportunistas e de cegos.

Claro, generalizo. Há muita gente com discernimento. Entretanto, cabem aqui algumas observações.

Cabe, por exemplo, mencionar que o que ganhou a eleição foi a noção de que os benefícios imediatos são mais importantes que os benefícios a longo prazo. Ficou claro, também, que coletivamente o povo brasileiro não apenas não tem memória (fato notoriamente conhecido) como também escolhe ser cego. E ficou claro principalmente que, "na média", o brasileiro não se importa com mais que o próprio umbigo.

Digo isso porque, para mim, essa é a mais pura verdade; o grosso dos votos da candidata do governo veio de gente beneficiada pelos programas sociais do governo. Não quero entrar no mérito da sua existência; estou meramente explicitando o fato de que a gente beneficiada por esses programas votou na candidata daquele que conseguiu assumir o posto de responsável pela "bonança" por que vem passando. Esses programas, bem ou mal, aumentaram a mobilidade social de muita gente, e, claro, essas pessoas não querem voltar ao nível onde estavam. Aí entram seus umbigos: não percebem que o mesmo programa que lhes sustenta nesse nível é fundamentado no trabalho daqueles que dão duro, já que o dinheiro que alimenta esses programas vem dos impostos que eles não pagam. E o que é pior, esses programas não lhes incentivam a procurar aproveitar a chance e melhorar a própria vida. E essa é a parte triste, porque continuarão patinando no mesmo lugar, agora rotulados como classe média: jogando PS3 numa TV de LCD, mas igualmente ignorantes. Mas piores ainda são os supostos intelectuais que fizeram a mesma opção: esses porque fizeram essa opção conscientemente. Entre esses, artistas, atletas e mesmo professores das melhores universidades do país.

Que uma coisa fique bem clara: não sou contra a mobilidade das classes mais baixas, nem contra seu acesso a itens de alta tecnologia. Nem sou contra as conquistas alcançadas pelo Brasil nos últimos 8 anos. Eu sou contra a apropriação desses fatos como sendo de responsabilidade exclusiva de um único governo, como se as condições iniciais não fossem importantes na determinação do estado de um sistema, por mais complexo que ele seja. De fato, quanto mais complexo mais influentes são as condições iniciais. Sou contra o fato de que se gerou uma crença generalizada no país de que as coisas boas foram conquistas do governo atual; e de que as coisas ruins foram herdadas do anterior, ou simplesmente inventadas pela "turma do contra". E me revolta, a ponto de me deixar sem apetite, o fato de que muita gente engoliu esse papo.

E me enoja, acima de tudo, o fato de que essa gente ter ganho a eleição com o apoio de gente que notoriamente vem chafurdando na lama e no esgoto há pelo menos vinte anos. Lama e esgoto esses que ajudaram a transformar a política brasileira na piada que é hoje.

Outro fator a favor da "hipótese do umbigo" foi a natureza da campanha eleitoral que (teoricamente) se acaba hoje (e que começou lá atrás, na campanha de 2002). Ambos os lados se recusaram a discutir propostas para o futuro do país; ambos estavam mais interessados em atacar com truculência e ignorância o adversário, agindo é claro como nada mais que sintomas daquilo que se passa na sociedade brasileira. Eleitores de um dos candidatos não estavam interessados em programa de governo, senão em jogar lama no adversário. Estavam (estávamos!) tão distraídos se divertindo com isso que não viram a oportunidade de transformar o Brasil de país do futuro em país do presente passar batida. Pior ainda, a candidata que representa a nascente terceira via, o caminho para quem não quer mais nem A nem B, depois que teve resultado surpreendente e positivo no primeiro turno, deixou que isso lhe subisse à cabeça, e resolveu se fechar em seu próprio pequeno mundo de cristal, rezando para que milagrosamente a razão fosse restaurada à campanha. Assim, mostrou seu despreparo e ingenuidade, e independente do resultado da eleição de hoje, torna-se minha a maior decepção com o contexto político brasileiro.

Por mais que as pessoas digam que votam contra certas coisas, independente do que sejam ou se são realmente tão importantes assim, na prática quando há somente duas opções (e não se enganem, num segundo turno há somente duas opções), se você vota contra uma está automaticamente votando a favor de outra. E, quando votamos em alguém, estamos votando não em uma pessoa, mas em um candidato. E um candidato é a soma daquela pessoa, de seu programa de governo, de seu partido e seu projeto de poder, e em todos que a apóiam.

Enquanto as pessoas não tiverem consciência do que seu voto representa, os candidatos e a política continuarão os mesmos. E, enquanto isso, o Brasil seguirá sendo o eterno país do futuro que nunca chega.

Por último, mas não menos importante, de uma forma mais íntima e pessoal o saldo dessas eleições para mim é negativo. Depois de alguma auto-análise percebo que, depois de tudo, sou agora um pouco mais cínico com relação a meu próprio país, e nada poderia ser pior.

Nos resta agora fazermos cada um a sua parte; quem sabe o milagre não vem?

Tuesday, September 07, 2010

The only thing that never changes is change itself

A month and a half after my last post, here I am with the feeling that it was a much longer time ago that I wrote that quick note about being half-way through with the year. And I still recall the feeling I had at that moment, that I don’t have a home.

Of course I have an address, and a place where most of my stuff is. But that’s not my home. It isn’t where I live; it’s just where my things are, and when I go there I feel more like a visitor than like a resident. The other place where I can get snail mail is ever farther away from being a home: it’s just a convenient place where I go to sleep.

That feeling is stil with me. But, for now, I just need to manage it as best as I can, because that’s the way things are; eventually I will get my own place.

Anyway, even though it’s been barely a month and a half since my last post it feels like so much more for a few reasons. The first and obvious of them is that a lot has happened since then; like my second visit to Europe, for instance, which was amazing. I visited a good friend that I hadn’t seen for years, got to know two beautiful cities, made some very important contacts with amazing people. There were some… mishappenings also, but I’d rather not talk about them. Let’s just say that sometimes certain people completely fail to understand my point of view.

There’s also been a lot of work; a trip to Rome that had to be cancelled; one historical moment when I met an amazing friend who is the bravest person I’ve ever met for doing two PhD’s simultaneouosly. And, more recently, a wonderful trip to Foz do Iguaçu, where the waterfalls presented me with one of the most amazing sights I’ve ever seen.

All in all, I believe this period of my life still has a lot to do with a kind of renovation that had a kickstart almost a year ago, and a great part of my thoughts go in the direction of trying to find my new identity.

Sometimes I wish it never ends.

Sunday, July 25, 2010

Half-way through

Even if I still couldn't manage to write a post here (even though there's plenty of things to write about) at least I finally mustered the willpower to change the layout back to the way it was before I went to Buenos Aires.

One thing I must say, though. At the moment there is not a place I can call home; nowhere seems to be my (0,0,0,0).

There is still almost half a year to go until 2011. Let's see what the next months bring my way...

Sunday, June 20, 2010

Back to the new old life

I’ve had the time of my life in that wonderful city.

The above phrase expresses the core of the last three months: it was one of the most exhilarating periods of my life. When I arrived there, not so many weeks ago, I was not sure of what I was about to find, and I must admit, felt quite anxious about the people I was about to meet.

And then on the very first day all those worries vanished, as I realized that all my experiences would be good in the same measure of how I faced them, after all, as the saying goes, “beauty lies in the eyes of the beholder”. There’s nothing like meeting the right people at the right time.

I had already heard a lot about the city even before arriving there – everyone seemed to have an opinion about it, some of them not even having been there. I promptly ignored all of them, however; I wanted to experience it at my own pace, and in my own way.

The first week actually was one of the best; that time of discovery when everything is fresh and new usually is. It was no different for me, and even more so because at the end of that first week I had met a few very important people and had had a couple of very personal and cathartic experiences that completely changed certain aspects of my life that really needed a stir.

As the subsequent weeks went (actually flew) by I gradually settled down and started to feel at home there; I became used to the feeling of the streets, to the cosmopolitan aura about the “cafés” and parks and to that intoxicating vibe that dwells in the air; it’s not an easy feeling to portray. It is like, even though being a lot smaller than São Paulo, Buenos Aires is just as great, in its own way.

Regarding work, I feel like it was the most productive period of time I have ever had in a very long time. That was possible thanks to a handful of fantastic people I had the opportunity of meeting, work colleagues with knowledge and lots of enthusiasm, in an environment where I have never felt uncomfortable. Some people may disagree with that, but it was really refreshing to be in a different place after six years in the same lab.

I have had more than my fair share of mishaps, to be sure; not easy ones. With little effort I can remember at least four quick, terrifying, adrenaline-filled moments I managed to get through and laugh about later.

There was one thing I didn’t really enjoy, though. It was the constant feeling of saying good bye. For the duration of these months I got to meet a lot of people; and, at some point, I had to say good bye to them. It didn’t matter if they were just going home or moving forward in their journeys: I’m never good at saying good bye. The worse it feels, the worse I react. At some point, however, we need to realize that these moments are a part of life and that eventually we say those words to all.

It is my intention, however, to see you people again, and rest assured that I will. As I said on my last night in Buenos Aires, ”no digo adiós, digo hasta pronto”.

This is my last post in “Buenos Aires edition”. Next time Stairway to Geekiness will go back to the old, plain edition. But it’s never going to be the same.

Monday, May 17, 2010

Pensamentos aleatórios de BsAs

Já faz mais de dois meses que estou em Buenos Aires. No primeiro mês fiz um post “comemorativo”, basicamente mandando o Banco do Brasil à merda. Neste post de dois meses (consideravelmente atrasado) vou colocar uma série de coisas que pensei em escrever antes mas acabei não lembrando ou achando que não se encaixavam.

A primeira delas é algo que presenciei hoje e que, sincera e honestamente, me deixou ligeiramente estupefato. Estava voltando para casa com algumas compras quando ao atravessar a rua notei um sujeito descendo de uma moto e correndo desesperado. Minha primeira reação foi olhar pro lugar de onde ele tinha vindo, esperando ver alguém correndo atrás dele. Quando vi que não havia ninguém, olhei pra onde ele foi, não muito longe: do outro lado da esquina uma senhora (já com bastante idade) havia tropeçado e caído no chão, as coisas dela um pouco espalhadas pela rua. Havia duas pessoas, além do cara, em volta dela, perguntando se ela estava bem. O cara não teve dúvidas. Agachou-se, segurou a senhora pelos braços e, num movimento ligeiro porém cuidadoso, colocou-a de pé em um segundo. A moça que estava ajudando havia deixado o cachorro de lado, mas este, bem educado, estava quietinho ali do lado, com o rabo abanando e assistindo a cena, curioso. Mais interessante ainda, o sinal estava verde mas nenhum dos carros sequer ensaiou sair do lugar: todos esperaram que a senhora se levantasse e as pessoas a ajudassem a juntar suas coisas, finalmente acompanhando-a até a outra calçada (o sinal estava verde para a rua que ela estava atravessando). Ninguém buzinou, ninguém acelerou em falso. Me lembrou uma vez que eu estava atravessando uma rua em plena Cidade Universitária, na faixa, com sinal fechado para os carros, e o motorista só pra ser engraçado acelerou em falso como se fosse sair com o carro. Igualzinho…

Outra coisa interessante sobre Buenos Aires: as empresas de ônibus. Em São Paulo há um problema sério com elas porque elas são enormes, formam lobbies e assim controlam o sistema de transporte. Em Buenos Aires a coisa é diferente, porque todas as empresas são pequenas. As maiores empresas são responsáveis por duas ou três linhas no máximo. Ao ponto de a maioria delas se chamar simplesmente “Linea 42”, por exemplo; isso significa que aquela empresa opera a linha 42. Não sou nenhum economista, nem especialista em transporte, tampouco estou dizendo que esse sistema é perfeito, mas ele certamente funciona melhor que o que há em São Paulo (pelo menos nesse ponto). Nunca fiquei mais de quinze minutos parado no ponto esperando por um ônibus, raras vezes fiquei em pé a viagem inteira, e em apenas uma única ocasião o ônibus me lembrou as latas de sardinha paulistanas. Aliás, por aqui todo mundo usa ônibus e o trânsito só é ruim na hora do rush mesmo.

Outra coisa são as pessoas daqui. Como em todo lugar há coisas boas e coisas ruins a dizer sobre elas, e muitas eu já disse aqui. Uma das boas é que é muito difícil ver uma pessoa obesa. Aliás, pessoas gordas são ainda mais raras. Há pessoas acima do peso, claro; mas no geral as pessoas aqui são magras e obviamente prestam muita atenção ao que comem. As pouquíssimas pessoas realmente gordas que vi eram realmente obesas, daquelas que parecem ficção científica ou saídas de Super Size Me. Isso falando dos argentinos; em lugares com alta concentração de turistas a coisa muda de figura. Curioso, se a gente pensar que a Argentina é a capital panamericana do sorvete e mundial do doce de leite.

Por último mas não menos importante, tenho um pensamento que não tem exatamente a ver com a Argentina pra dividir. Recentemente um conhecido conseguiu a cidadania européia, e prontamente algumas pessoas expressaram a sua inveja pela situação do amiguinho.

Pessoalmente não vejo problema em buscar esse tipo de reconhecimento. Eu mesmo venho procurando conseguir a minha há alguns anos. Mas isso me fez refletir sobre algo que me incomoda já há bastante tempo. Vejo com freqüência as pessoas dizendo que o Brasil é uma merda de país, que não serve pra nada. Que iriam embora sem hesitar à primeira chance que tivessem. É comum as pessoas sentirem mais entusiasmo pela terra de seus avós ou bisavós que pela terra de seus pais.

E, sinceramente, isso é entristecedor. Porque, bom ou ruim, o Brasil é nosso país e tem, sim, suas qualidades. Mesmo que a maioria sejam qualidades inatas, daquelas que a gente já nasce tendo, como o fato de não termos desastres naturais generalizados (terremotos, vulcões, furacões, etc), ou o fato de termos em nosso grande território reservas imensas de diversos recursos importantes, como o Aqüífero Guarani ou a Floresta Amazônica. O país tem muitos defeitos, é claro; mas é um país jovem, e compará-lo a outras terras que já têm milhares de anos de história não é exatamente justo. Quando tinham 500 anos esses países também estavam enterrados na merda.

O mesmo pode ser dito do povo. Pode-se ver, pelo governo que temos, um reflexo do povo que somos; não preciso entrar nesse quesito mesmo porque não teria palavras para descrever a feiúra desse quadro. Por outro lado, não se pode levar somente isso em conta. Muitas das grandes pessoas do mundo são brasileiras. Apesar de todos os defeitos, aqui se trabalha muito. Aqui se produz muita coisa, e isso é fruto do trabalho de muita gente. Aqui há muita gente competente, e a prova disso são os inúmeros brasileiros espalhados pelo mundo. Em muitos campos profissionais brasileiros são disputados a tapa.

Ninguém pediu pra nascer brasileiro, claro. Mas, ainda assim, isso aconteceu. Correndo o risco de ser um pouco metafísico, estamos aqui porque a história correu de tal modo que os portugueses chegaram à América do Sul, colonizaram, expandiram, depois vieram os escravos e imigrantes… até chegar aos dias de hoje. Se algo tivesse sido diferente não estaríamos aqui. Pelo menos isso temos que admitir. Não sei vocês, mas eu prefiro estar vivo a nem sequer ter nascido.

Ter um mínimo de afeição pelo próprio país é essencial para torná-lo melhor. Parte do motivo de o Brasil estar na merda em tantos quesitos é o fato de que muitos brasileiros só sentem orgulho dele quando a seleção ganha. Outros, nem isso.

Tuesday, February 16, 2010

Life Trek - Boldly Going Where I've Not Gone Before

Passarei os meses de outono em terras portenhas!

Durante os meses de março a junho estarei residindo em Buenos Aires, e com alguma sorte vou colocar aqui algumas notas sobre essa experiência. Quem sabe assim, pelo menos, dou uma justificativa mais honesta à existência deste blog. Não que eu espere receber muitas visitas, mesmo porque blogs sobre a Argentina e Buenos Aires não faltam (é só jogar no Google e você vai encontrar alguns ótimos, como Buenos Aires, queridos, Buenos Aires Dicas e o excelente Cartas Argentinas).

Por enquanto, é isso. Fiquei enrolando pra ver se saía alguma coisa que prestasse para escrever aqui, mas na falta de idéias é melhor não enrolar, senão acabo falando bobagem.

Tuesday, January 05, 2010

Feliz 2010; 2010 Feliz?

2009 para mim acabou oficialmente no início de dezembro, com o fim de uma história desgastante e complicada cujas origens ainda são nebulosas, e que provavelmente permanecerão assim. O detalhes dessa história merecem não ser contados aqui, mesmo porque trata-se do tipo de informação que está a salvo do caráter expansivo e intrusivo da Internet pelo menos até que Gaia se torne Galaxia.

Comecei o ano passado esperando que, depois do tumulto em que minha vida se transformara na segunda metade de 2008, tudo fosse diferente. Eu esperava que fosse difícil, pois as condições iniciais não eram boas, mas eu esperava que tudo seguisse um determinado caminho. O problema, que infelizmente percebi tarde demais, é que não adianta esperar que tudo mude, porque nada muda, exceto eu mesmo (e, consequentemente, a maneira como vejo o mundo). E, como não poderia deixar de ter sido, isso transformou 2009 em um pesadelo do qual eu não via saída. Passei pelos momentos mais difíceis da minha vida (em todos os sentidos).

A melhor decisão que já tomei foi procurar tirar algum proveito disso. Eu sabia que era a decisão correta a tomar, porque senão todo o sofrimento teria sido em vão, e eu acordaria do pesadelo tendo desperdiçado uma oportunidade que talvez nunca mais se repita. Por isso, fui em frente.

Saí de 2009 fortalecido, muito embora eu queira nada mais que esquecer o ano que passou. Na prática, é claro, isso não vai acontecer. Ele estará marcado para sempre na minha memória. E, de certa forma, isso é bom, pois não somos senão a soma de nossas lembranças.

2010 já começou, e embora eu não queira criar expectativas, sei que será diferente, porque, ao contrário de 2009, eu sei de onde deve vir a mudança.

Sunday, November 22, 2009

Fim de ano, #1

Sentado no sofá da sereia
com um livro ou um conto, e um café no ponto
espero cair, melancólica, a areia

Wednesday, October 07, 2009

Vida Senóide

Eu estava, ainda agora, olhando posts antigos aqui do blog.

Impressionante como as coisas mudam tão radicalmente no curto período de um ano. Em outubro de 2008 houve um único post aqui. Foi um texto de André Comte-Sponville, que vi pela primeira vez no pôster que foi exibido no casamento do meu irmão, no mesmo dia em que defendi meu mestrado, uma semana após a morte do meu pai.

Acho que nunca serei realmente capaz de descrever com propriedade a sensação de perder meu pai. Por mais que tenha sido, até certo ponto, algo previsto com alguns anos de antecedência, ainda assim foi algo para que não pude me preparar.

A verdade é que foi uma época tão conturbada na minha vida que sinto orgulho de, no fim de tudo, ter conseguido permanecer em pé.

Ironicamente, é justamente isso que me persegue agora.

A grande razão pela qual eu tive forças para seguir em frente, para não desistir e não baixar a cabeça, embora estivesse fisicamente longe, nunca estivera tão próxima de mim. Mesmo que fosse apenas um chaveirinho sem graça. Porque aquele chaveirinho era, naquele momento, tudo o que existia de certo e verdadeiro no mundo para mim.

Ainda assim, o tempo foi passando e a falta de contato direto aos poucos foi reclamando sua parcela. E quanto ele finalmente aconteceu, tudo ficou estranho. De repente a conexão que eu sempre achei que suportaria tudo se mostrou frágil. Pior, fragilizada. E agora me assombra a incerteza do que pode acontecer daqui pra frente, pra não falar da sombra do que aconteceu no passado.

Por um lado isso é até bom, essas situações nos levam a reavaliar as atitudes do passado, e assim passamos por aquele crescimento pessoal tão característico das épocas ruins.

Mudei muito nos últimos tempos, mas a pessoa que mais deveria ter visto isso não viu. E agora o que mais temo é ser julgado pelo que eu era, e não pelo que eu sou.

Thursday, September 03, 2009

99 anos de Corinthians

Ser corinthiano é aquela coisa inexplicável, aquele estado de espírito agitado e turbulento, a paixão desmedida. Cada corinthiano tem uma história de amor pelo clube, uma dessas razões inexplicáveis para torcer com tanta força por um time que não precisa ser campeão mais vezes que os rivais, nem sequer precisa de estádio para ter a maior torcida em seu próprio estado de todos os clubes brasileiros.

Ser corinthiano é ter a vida marcada igualmente pela glória e pela dor, pela alegria e pelo sofrimento. "Corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus."

E só quem é entende. Não dá pra explicar, ou se é, ou não. A torcida desse time tem seus mistérios, aqueles fatos inexplicáveis, aqueles atos extremos e desmedidos, provocado por um time de futebol. Às vezes nem mesmo o corinthiano compreende de onde vem esse sentimento, mas ele não pode fazer nada senão torcer, espremer os olhos quando o adversário ataca, trocar de canal achando que isso vá mudar a sorte do time, gritar insanamente mesmo sabendo que o alvo de seu grito não pode ouvi-lo. E acaba fazendo parte de um povo que não tem distinção alguma, e cujo entusiasmo incomoda tanto que mesmo quem não gosta de futebol torce contra.

Que outro time de fora do Rio de Janeiro jogou em casa em pleno Maracanã, como fizemos em 76?

Que outro time viu sua torcida aumentar, apesar do jejum de 23 anos sem títulos e do tabu contra o Santos de Pelé?

Daqui a 362 dias serão 100 anos de paixão. Juca Kfouri já colocou em palavras melhor que eu seria capaz: "para o corinthiano ser campeão é mero detalhe.

Razão pela qual o centenário corinthiano deve ser comemorado por si mesmo.

Se junto vierem novas conquistas, muito bem, nada contra.

Mas a maior conquista é estar vivo, há 99 anos, no coração do povo corinthiano.

Com a certeza da eternidade."

Tuesday, August 18, 2009

In favor of consistency

Since I came back from Europe I have been discovering some things about people and about myself that are making some difference on the way I try to live my life.

For one, I realized the obvious - World of Warcraft was consuming my life. Don't get me wrong, the game is awesome, and I love playing it. Also, I met a few amazing people while playing it. However, it's too addictive, and the last thing I need right now is a game with which I end up spending 5-6 hours every day (in-game and otherwise). There is a lot going on in my life and I really can't afford it. My PhD is picking up the pace, I'm trying to reconstruct a few links I lost in the past few months, and quite frankly I need some consistency in my overall way of life.

And consistency is what I realized I needed when I came back. While adapting myself to my current time zone I managed to achieve a decent sleep schedule (even though it isn't a 28-hour day). Before my sleep was somewhat erratic, partly due to my WoW habits. Now I'm usually asleep before midnight and up at 6h30 or so. I have time to properly wake up, take a shower, have a decent breakfast (pretty decent actually, considering the price I pay for it) and get to work before 9 AM (usually way before that, actually). Also, I manage to spend less time on overall procrastination and get some work done. After that things still get a little fuzzy until the end of the afternoon, but I'm working on that. Then I go home, relax for a little bit, do some reading, practice with my guitar, and the day is over.

I can't say it is perfect, but it is certainly way better than what I've been doing before. And, even if I still don't have every hour of the day planned out, it's actually way more than I have ever managed to get done in a spontaneous way. And I'm proud of it, because this helps me get some work done, which in turn gives me that nice accomplishment feeling we get from getting things done, which motivates me to keep on doing this. It's a virtuous circle I'm intent on not only keeping alive but enhancing.

I guess all I needed to get this working was a little motivation - and on this trip to Finland I got all the motivation I needed, and then some. Keeping certain bonds alive is paramount to my plans for the future, and I'm glad I realized that before it was too late.

Thursday, August 06, 2009

De volta.

Cheguei hoje de viagem. Agora o que tenho pela frente é me readaptar ao fuso horário e seguir com o meu trabalho.

Essa viagem foi importante por tantos motivos que não dá nem pra enumerar. O primeiro deles foi matar uma saudade que estava me torturando há dez meses. O curioso é que, agora que estou de volta, nunca essa saudade foi tão forte, nem nunca doeu tanto.

O segundo foi restaurar, pelo menos em parte, algo de que eu não cuidei como deveria - um erro pelo qual quase paguei caro (demais). Para ser honesto, ainda existe aquele pequeno "gremlin" lá no fundo da minha consciência gritando enlouquecido, me perturbando de uma maneira que eu nunca achei que fosse possível. A verdade é que a perspectiva que enfrentei foi terrível, algo que não consigo descrever. A lição que tiro disso é que nunca devemos ter o amor como algo garantido, que vá resistir a qualquer teste que apareça. Ele tem que ser cultivado, alimentado. E tudo o que fazemos ou dizemos conta. No meio do turbilhão em que me encontrava, quase me esqueci disso e pus tudo a perder. E sei que terei pesadelos por muito tempo.

O terceiro foi finalmente perceber que, por mais que o mundo seja um lugar grande, pessoas sempre serão pessoas, educadas ou não, alegres ou não, sem distinções. E que há mais que o velho esquema "escola-cinema-clube-televisão".

Tuesday, June 02, 2009

Not ready yet.

I'm supposed to write a long, introspective post here. This is not it.

There is a post I've been meaning to post here for some time now. A post with the intention to summarize all that happened during the last 12 months and, most importantly, what I have learned from that.

But I'm still not ready to write it. I still don't feel comfortable at all around this subject. Sometimes I'm just numb enough not to think about it, and sometimes it still feels like everything happened yesterday. I still haven't felt like anything is ok. At all.

More recently I've been able to get by most of the day just fine. But it's not a stable equilibrium - a small thing can trigger an emotional avalanche that overwhelms me and I can barely manage it. I have been subjected to such a nuclear blast - in so many different ways - that I still haven't had time enough to restructure myself.

Hopefully sometime this year I will be able to break this spiked shell I have gotten myself into and get to move on with my life. Right now, everything just seems to be on hold - even as everything keeps spinning.
Blogged with the Flock Browser

Monday, January 19, 2009

A moment of reflection

Your priorities define the kind of person you are.

Your methods define if you are good enough for them.

Thursday, January 01, 2009

Já vai tarde.

Very good things happened in 2008.

But I'm not gonna miss that year. Not anytime soon.

Anyway, Happy New Year.

Monday, December 29, 2008

2008

Every year I write down here a short text about what happened during the year and try to draw some conclusions to help me move forward.
2008 was a particularly difficult year. 

To be honest, only one particularly bad thing happened this year, but that was more than enough. 

I defended my masters, my brother got married, my girlfriend achieved her dream of studying abroad. I finally began to feel like I know more than a bunch of useless memorized stuff.

But my father died.

I lost my ground with it. He was everything to me. The standard to which I measured myself as a man. And I still haven't fully recovered.

I'm not sure what to expect of 2009. And sometimes I find it very hard to be hopeful. However, as I have said before in this very blog, perseverance is what keeps hope alive. 

I will draw a deep breath, and persevere.