li essas palavras ainda há pouco, na página de um concurso que estava prestando. Foi curioso ver esse anúncio, mas de certa forma senti uma certa satisfação.
Basicamente a mensagem desse comunicado disse que não houve nenhum candidato aprovado na primeira prova que foi aplicada, e por isso o concurso foi encerrado. Eventualmente ele será iniciado de novo, e supostamente outras pessoas vão se inscrever e, quem sabe, alguém finalmente seja aprovado.
Mas, de certa forma, não posso deixar de dizer:
bem feito.
A prova que foi aplicada forçou a barra. Uma coisa é eu não ter sido aprovado, e eu entendo que isso tenha acontecido porque meus conhecimentos de eletrônica nunca foram grande coisa (uma frustração minha, porque eu sempre quis estudar esse assunto e sempre procrastinei). Mas o ponto é que quando 31 pessoas se candidataram e nenhuma delas passa sequer na primeira prova alguma coisa está errada.
É compreensível que os responsáveis pelo concurso tentem configurar um nível de exigência que eles considerem alto, para ter certeza de que alguém bem qualificado seja selecionado. Entretanto, é necessário levar outros fatores em consideração, pois um exame exigente demais não vai filtrar, mas sim eliminar todo e qualquer candidato. No fim das contas, isso é desperdício de dinheiro público, pois mobiliza uma série de recursos e pessoas para um concurso infrutífero bem como do dinheiro dos candidatos, que pagam uma taxa de inscrição nada simbólica.
Não estou simplesmente ventilando a raiva por não ter passado: tenho consciência de que, se fui mal na prova, a responsabilidade (ou, pelo menos, a maior parte dela) é minha por não ter estudado o suficiente. Mesmo que não estivesse nem remotamente envolvido nesse concurso eu chegaria à mesma conclusão, de que esse concurso não foi levado a sério pelo(s) avaliador(es) responsável(is).
Eu bem que poderia continuar martelando nesse assunto, avaliando qual a função de uma banca de concurso, mas não é esse meu objetivo.