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Friday, April 01, 2016

Bienal

De acordo com o nome do evento, este ano deve ocorrer novamente a Bienal do Livro em São Paulo.

Estou considerando desde já se vou ou não. A julgar pela última edição, que foi um pouco decepcionante, as chances é que eu acabe não indo.

Tenho vários motivos para pensar assim. O primeiro é que uma das supostas vantagens da Bienal seriam os preços. Como já ocorreu no passado, em que íamos à Bienal e voltávamos carregados de livros (o paraíso dos bibliófilos). Isso não foi verdade na última edição, quando não vi muitas promoções, e das que vi nenhuma era realmente interessante.

Outro motivo pelo qual eu iria são os livros técnicos. Tanto do ponto de vista didático quanto do ponto de vista profissional. Mas, de novo, a experiência de 2014 não foi lá muito positiva. Eu esperava encontrar promoções para professores, ou no mínimo um atendimento diferenciado, ofertas de amostras, esse tipo de coisa. Não encontrei nada disso, e o fato de eu ser professor pareceu não fazer a menor diferença para os representantes das editoras.

Os livros técnicos que eu encontrei foram poucos e não muito interessantes.

Some-se a tudo isso a minha situação financeira atual, de contenção de gastos e controle de incêndios, ocorrências que não necessariamente decorreram da minha responsabilidade. Mas acho que faz parte da situação em que eu me encontro atualmente. De fato, poderia ser muito pior. Se eu aprendi alguma lição com os problemas que eu tive no passado foi o controle das minhas finanças, e mesmo com os tropeços que andei levando espero ter tudo sob controle dentro de alguns meses. Enfim, estou saindo pela tangente. Contando também que a situação econômica do Brasil não deve melhorar até o final do processo político corrente (que me dá cada vez mais nojo, aliás), duvido que na Bienal a situação esteja melhor.

É questão de esperar. Se eu ainda estiver na mesma posição que estou hoje, talvez acabe indo sozinho em algum dia que eu tenha livre, já que devo entrar de graça. E, tristemente, esse deverá ser o único motivo para ir, além da esperança de que algo lá possa me surpreender.

Thursday, March 31, 2016

Graphics!

I have a confession to make: I bought a new graphics card.

I know it doesn't sound like a big deal. Especially when you check prices for these things on international stores. But with the dolar rampant the prices in Brazil have taken a turn for the worse (as if they weren't bad enough).

I have never really had the gaming PC I would like to; I have always played in whatever graphical setting I could manage, which invariably meant low fps rates. That doesn't really make for a very enjoyable gaming experience. One of the main ways I release stress is by playing World of Warcraft. I've been on and off the game ever since its beginning, but to be honest I've really began playing it around 2008.

Although prices are high, and I'm going through the motions as I try to make ends meet, I've been putting up with so much crap recently that I decided I needed this break, so I finally (after a couple of weeks of procrastination) ordered a new card today. It's not a high-end card, nor is it a brand new model. But it's the best I dared purchase, and it's already orders of magnitude better than what I've been using recently (the integrated graphics on my core i3 machine).

At least, I'll enjoy World of Warcraft a little better. Or, at least, for the time being, since the current expansion is not all that amazing and the Alpha version of the next expansion is not giving me much hope for my hunter. But that's anoter story.

Despolarização

O grande mal que tem acometido o Brasil não é novo. É bem antigo, e sinceramente não sei até quando ele influenciará de maneira tão triste nosso cenário. Não, não é o PT. É a polarização política. Tudo se transforma em "briga de torcida", em absolutismo, em rivalidade absoluta. Não se admite que alguém seja neutro.

Isso não é novidade. Desde pelo menos a época da independência isso ocorre de maneira cruel. Na época que antecedeu o grito do ipiranga as tensões entre brasileiros e portugueses eram tão grandes que qualquer coisa (mesmo) podia causar uma comoção geral, revolta e violência por todas as partes. Brasileiros e portugueses se perseguiam mutuamente, envolvendo-se em brigas, espancamentos e tiroteios corriqueiramente, como se esses eventos nada fossem.

Hoje em dia assistimos ao mesmo. Todos "em nome do Brasil" atiram acusações de um lado para outro, num maniqueísmo virulento e nocivo. Quem é a favor do impeachment é "coxinha", e quem é contra é "petralha". Não existe outra denominação ou classificação. De ambos os lados não existe negociação, e lida-se exclusivamente em valores absolutos.

Essa polarização - que ganhou força nos governos do PT, que fizeram questão em reforçar o conceito de "luta de classes" - prejudica qualquer curso de ação que seja benéfico ao país. Estão todos tão entusiasmados com a "briga de torcida" que não enxergam que somente através da união em torno de um objetivo comum será possível vencer a crise e construir um país mais justo.

Mais ainda, quem ousa apontar as qualidades do lado adversário é prontamente repreendido, como se tivesse a obrigação de concordar com tudo sem questionar, como se apontar qualidades no adversário - ou vícios próprios - fosse algo prejudicial. É como culpar o médico que faz o exame por causar a doença. Quem aponta os erros de um lado é imediatamente marcado como pertencendo "ao outro time".

Que lógica torta é esse segundo a qual se uma pessoa reclama da corrupção no governo do PT é necessariamente conivente com os crimes cometidos pelo PSDB? A falta de investigação sobre um anula a necessidade de investigar o outro?

Minha opinião pessoal é de que é necessário investigar qualquer indício de corrupção - seja ele do PT, do PSDB ou do português da esquina - até que os responsáveis sejam encontrados e julgados. Sou a favor do impeachment, não porque quero o "meu" político na presidência, mas porque os fatos o justificam.

Diga-se de passagem, aliás, que o impeachment é um instrumento constitucional e, portanto, democrático. Utilizar esse mecanismo para demitir uma presidente que não tem exercido sua função por inépcia e que tentou mascarar seu fracasso com manobras fiscais não é golpe. E, por isso, de fato não vai ter golpe.

Por último, gostaria de deixar aqui as palavras de Obi-Wan Kenobi:

Somente o Lado Negro negocia com absolutos.

Um post por ano.

Uma postagem por ano está longe do que eu gostaria de escrever aqui. Mas a verdade é que eu nunca consegui adquirir o ritmo que eu gostaria de ter para escrever um blog. Às vezes por falta de assunto, às vezes por falta de tempo, e às vezes por falta de paciência mesmo.

A verdade é que me sinto insatisfeito por deixar este blog assim, meio zumbi, abandonado, como se não significasse nada. A verdade é que este blog tem me acompanhado há muitos anos e eu tenho dificuldade em deixar certas coisas para trás. Por isso, acabei mantendo isto aqui aberto, mesmo que o ritmo de postagens tenha sido excruciantemente baixo.

Algumas vezes já tive a ilusão de ter um blog popular, com milhares de pessoas acompanhando postagens, mas o problema é conteúdo. Tenho interesse e vontade de falar sobre várias coisas, mas nunca senti o impulso devido para criar um blog a respeito e me manter no assunto.

Gostaria que isso fosse diferente. Mas a verdade é que este é um blog pessoal, e por isso não tem tema ou conteúdo definidos. Por isso, temo que ele vá continuar sendo meio aleatório, embora eu pretenda aumentar o ritmo de postagens.

Enquanto isso, vou caçando algum tema sobre o qual valha a pena falar.