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Saturday, October 17, 2009

Google Wave, primeiras impressões

Comecei a usar o Google Wave há alguns dias.

Por enquanto, ainda há aquela sensação de entusiasmo com a novidade, a curiosidade de explorar cada aspecto do sistema novo. Mas algumas coisas já ficaram bem claras. A primeira delas é que o Google Wave deixa muito a desejar no quesito desempenho. Um computador um pouco mais antigo terá dificuldades em lidar com o sistema, que tem um tempo de resposta bem ruim, principalmente levando em conta as suas pretensões.

O sistema de "threads" é bem interessante. Não sei se ele será toda essa revolução que o Google tem alardeado por aí, mas ele certamente vai fazer a diferença. Mas a grande fonte da flexibilidade desse sistema, os gadgets e bots, ainda requerem muito trabalho. Os gadgets nativos do Google até agora funcionaram a contento, embora não tenham demonstrado muita desenvoltura. Os bots, ou gadgets feitos por terceiros, são outra história. Em geral eles mal funcionam, e alguns deles eu não consegui fazer funcionar de jeito nenhum. Boa parte do sucesso do Wave depende deles começarem a funcionar - e a funcionar bem. Não apenas do ponto de vista operacional, mas também em tratando-se simplesmente de adapatar a plataforma do Wave a um "modus operandus" adequado, de maneira a abrir possibilidades para que sistemas diversos possam ser integrados a um mesmo wave.

Ao mesmo tempo, uma das coisas que ficou imediatamente claras é que há certas coisas que foram equivocadamente associadas ao Wave. Por exemplo, não acho que seja possível - nem que faça sentido - integrar Google Reader e Google Wave. Pelo menos, não de maneira direta. Seria interessante um gadget que pudesse pegar um ou dois itens isolados do Reader para servirem como recurso dentro de um wave, mas algo além disso simplesmente não faria sentido.

Mais importante, a integração do Twitter ao Wave é precária, na melhor das hipóteses. Do jeito como está agora isso não poderia ser feito de uma maneira que não fosse impraticável. Isso, claro, supondo que Tweety the Bot funcionasse direito.

Mas, como diz o título ali em cima, estas são apenas primeiras impressões, e faz apenas uns dois dias que estou "na onda". Além disso, por enquanto trata-se apenas de um preview, e por isso tenho certeza de que muita coisa ainda deve mudar conforme o sistema for evoluindo, supondo que os desenvolvedores dêem ouvidos a quem já está "surfando".

Thursday, October 15, 2009

More a test than a post

Although this is more of a test than a real post, I wanted to put something here anyway.

It’s not easy coming up with stuff to write in a blog. Anyone who has ever had one knows it. Especially if it’s not a theme-oriented enterprise, but just some place where one would like to register a few thoughts about whatever topic comes to mind.

Of course, I could write about my work – but that would take too much time to write in a few minutes. Or, I could talk about my own personal issues, but they’re just that – personal. So, no. My whole idea about a blog would be to write about interesting stuff from my own point of view, but to be honest I haven’t been having much time for much…

Anyway, just as I was typing the last sentence above I received my invitation to Google Wave. So I guess now there’s something cool to rant write about!

Finally I will get the chance to try it out and see if the hype is deserved. Even though I would like to start “fresh” I am already assuming that the hype is deserved, based on what I’ve seen around the web.

Sometime soon I will post my first impressions about it.

Wednesday, October 07, 2009

Vida Senóide

Eu estava, ainda agora, olhando posts antigos aqui do blog.

Impressionante como as coisas mudam tão radicalmente no curto período de um ano. Em outubro de 2008 houve um único post aqui. Foi um texto de André Comte-Sponville, que vi pela primeira vez no pôster que foi exibido no casamento do meu irmão, no mesmo dia em que defendi meu mestrado, uma semana após a morte do meu pai.

Acho que nunca serei realmente capaz de descrever com propriedade a sensação de perder meu pai. Por mais que tenha sido, até certo ponto, algo previsto com alguns anos de antecedência, ainda assim foi algo para que não pude me preparar.

A verdade é que foi uma época tão conturbada na minha vida que sinto orgulho de, no fim de tudo, ter conseguido permanecer em pé.

Ironicamente, é justamente isso que me persegue agora.

A grande razão pela qual eu tive forças para seguir em frente, para não desistir e não baixar a cabeça, embora estivesse fisicamente longe, nunca estivera tão próxima de mim. Mesmo que fosse apenas um chaveirinho sem graça. Porque aquele chaveirinho era, naquele momento, tudo o que existia de certo e verdadeiro no mundo para mim.

Ainda assim, o tempo foi passando e a falta de contato direto aos poucos foi reclamando sua parcela. E quanto ele finalmente aconteceu, tudo ficou estranho. De repente a conexão que eu sempre achei que suportaria tudo se mostrou frágil. Pior, fragilizada. E agora me assombra a incerteza do que pode acontecer daqui pra frente, pra não falar da sombra do que aconteceu no passado.

Por um lado isso é até bom, essas situações nos levam a reavaliar as atitudes do passado, e assim passamos por aquele crescimento pessoal tão característico das épocas ruins.

Mudei muito nos últimos tempos, mas a pessoa que mais deveria ter visto isso não viu. E agora o que mais temo é ser julgado pelo que eu era, e não pelo que eu sou.

Friday, October 02, 2009

Rio 2016... so what?

Ok, então finalmente o Rio de Janeiro conseguiu emplacar uma candidatura e (provavelmente vencendo pelo cansaço) conseguiu ganhar a eleição de sede das Olimpíadas de 2016.

Por um lado, isso não deixa de ter um lado positivo (afinal de contas, alguma coisa de bom os eleitores devem ter visto pra decidir votar no Rio). Eu mesmo acho que existe uma pequena chance de isso trazer boas coisas para o Rio de Janeiro e para o Brasil em geral. Afinal de contas, os Jogos Olímpicos não são um evento "pequeno" como os Pan-Americanos. O mundo inteiro estará com os olhos voltados para cá. Isso significa uma de duas coisas: ou o Brasil finalmente toma vergonha na cara (ou, pelo menos, a sede dos Jogos) ou o mundo inteiro vai finalmente ver os podres mais vergonhosos da Cidade Não Tão Maravilhosa Assim.

E é justamente esse o problema. Conhecendo o Brasil, é fácil notar que, embora haja muita coisa boa por aqui, não somos um país maduro o suficiente. Não sabemos lidar com a posição que temos no mundo, não sabemos lidar nem mesmo com nossa própria riqueza. Nosso povo não dá valor ao próprio país e, enquanto não desenvolvermos a consciência de que temos que valorizar o que é nosso, nunca vamos sair do lugar.

Claro, a esperança é a penúltima a morrer. Mas quando o assunto é Brasil é bem difícil acreditar...