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Sunday, June 20, 2010

Back to the new old life

I’ve had the time of my life in that wonderful city.

The above phrase expresses the core of the last three months: it was one of the most exhilarating periods of my life. When I arrived there, not so many weeks ago, I was not sure of what I was about to find, and I must admit, felt quite anxious about the people I was about to meet.

And then on the very first day all those worries vanished, as I realized that all my experiences would be good in the same measure of how I faced them, after all, as the saying goes, “beauty lies in the eyes of the beholder”. There’s nothing like meeting the right people at the right time.

I had already heard a lot about the city even before arriving there – everyone seemed to have an opinion about it, some of them not even having been there. I promptly ignored all of them, however; I wanted to experience it at my own pace, and in my own way.

The first week actually was one of the best; that time of discovery when everything is fresh and new usually is. It was no different for me, and even more so because at the end of that first week I had met a few very important people and had had a couple of very personal and cathartic experiences that completely changed certain aspects of my life that really needed a stir.

As the subsequent weeks went (actually flew) by I gradually settled down and started to feel at home there; I became used to the feeling of the streets, to the cosmopolitan aura about the “cafés” and parks and to that intoxicating vibe that dwells in the air; it’s not an easy feeling to portray. It is like, even though being a lot smaller than São Paulo, Buenos Aires is just as great, in its own way.

Regarding work, I feel like it was the most productive period of time I have ever had in a very long time. That was possible thanks to a handful of fantastic people I had the opportunity of meeting, work colleagues with knowledge and lots of enthusiasm, in an environment where I have never felt uncomfortable. Some people may disagree with that, but it was really refreshing to be in a different place after six years in the same lab.

I have had more than my fair share of mishaps, to be sure; not easy ones. With little effort I can remember at least four quick, terrifying, adrenaline-filled moments I managed to get through and laugh about later.

There was one thing I didn’t really enjoy, though. It was the constant feeling of saying good bye. For the duration of these months I got to meet a lot of people; and, at some point, I had to say good bye to them. It didn’t matter if they were just going home or moving forward in their journeys: I’m never good at saying good bye. The worse it feels, the worse I react. At some point, however, we need to realize that these moments are a part of life and that eventually we say those words to all.

It is my intention, however, to see you people again, and rest assured that I will. As I said on my last night in Buenos Aires, ”no digo adiós, digo hasta pronto”.

This is my last post in “Buenos Aires edition”. Next time Stairway to Geekiness will go back to the old, plain edition. But it’s never going to be the same.

Friday, June 04, 2010

Parabéns Argentina!

Tá, foi mais um período de silêncio. Não é que eu não tivesse nada a dizer, simplesmente estive bem ocupado.

Mentira.

Houve dois feriados prolongados de Maio pra cá. O primeiro foi o bicentenário da Revolução de Maio (mais sobre isso já já). O segundo foi o aniversário da Comisión Nacional de Energía Atómica, a CNEA, onde estou “alocado” desde março. Esse segundo foi inesperado, porque a princípio a segunda-feira era “ponto facultativo”, mas depois acabaram decidindo “emendar” a terça-feira também. Não fiquei muito feliz com isso não, tenho uma pilha de coisas a fazer bem grande e esse feriado atrapalhou um bocado.

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Enfim, de volta ao Bicentenário. Já umas duas semanas antes notei as pessoas começando a pendurar bandeiras azuis e brancas por todo lado. Achei que estava meio cedo pra entrar em clima de Copa, aí lembrei que não estou no Brasil. Era tudo preparação para o aniversário de 200 anos da Revolução de Maio, que é considerada como o estabelecimento do primeiro governo pátrio, em 25 de Maio de 1810. Se fosse pra estabelecer uma analogia, acho que seria com a ida de D. João VI para o Brasil em 1808.

A diferença, entretanto, é que esse aniversário foi muito mais comemorado aqui do que qualquer coisa que tenha acontecido em 2008. Mas, pra ser honesto, não posso ter muita certeza – 2008 foi um ano bem conturbado pra mim e não prestei muita atenção em nada.

Mas enfim: as comemorações aqui foram bem interessantes. A avenina 9 de Julho, por exemplo, esteve tomada de gente nos quatro dias do fim de semana prolongado do 25 de Maio, com vários shows, desfiles, festivais de todo tipo, e até mesmo um campeonato de tango (nada mais justo, em se tratando de Argentina). E eles (os argentinos) se esforçaram bastante pra conseguir que essa comemoração saísse legal. A ponto de os organizadores da festa terem sido mostrados na TV se abraçando em lágrimas no último dia, depois que tudo tinha dado certo. E as pessoas em geral também se esforçaram bastante pra comemorar, por assim dizer. Nesse fim de semana tinha gente na rua até amanhecer todo dia. A 9 de Julho ficou tomada de gente todo dia.

DSC00047 Um dos pontos altos da festa toda foi a reabertura do Teatro Colón. Uma das casas de ópera mais famosas das Américas, foi reaberta numa cerimônia enorme, com apresentação de nada mais nada menos que La Bohème para uma platéia que não incluiu a presidenta Cristina Kirchner, que tivera um desentendimento com o prefeito de Buenos Aires dias antes (é, eles também têm essas coisas por aqui – trata-se da América Latina, afinal de contas). Mas o que foi mais legal mesmo foi a festa do lado de fora. Com shows rolando em outras partes da avenida foi projetado um documentário sobre a história do teatro, com direito a som e tudo. E muita, mas muita gente mesmo assistindo. Isso é algo que eu nunca vi acontecer, nem mesmo parecido. Não somente um espetáculo projetado na fachada de um prédio pra todo mundo ver, mas um documentário sobre ópera – e o povo todo ali, assistindo. Não sei se haveria um público desse no Brasil…

O que me resta agora é fechar as pontas soltas do trabalho, ajustar meus planos para os próximos passos do meu trabalho, e aproveitar meu último fim de semana em terras porteñas. No outro domingo, volto às terras tupiniquins. Francamente, com o coração partido – os últimos três meses foram os mais fantásticos da minha vida. Mas isso é assunto para o próximo post.