Coincidência pouca é bobagem, já dizia o outro. Hoje fomos ao IFT assistir a um colóquio do Manu, sobre o método de Monte-Carlo. O colóquio foi interessante, apesar do tema ser mais computacional do que físico. Mas enfim, o colóquio foi seguido do tradicional bolóquio, e entre pães de queijo, chá e bolachas de água e sal, um dos professores ficou sabendo que sou aluno de mestrado e perguntou qual a minha área. Quando respondi que era Cristalografia, ele não hesitou em me convidar para dar um seminário a respeito.
No começo eu achei que era piada, mas que a idéia me deixou meio preocupado. Todo mundo riu, fez piada, mas no fim o professor insistiu e falou que estava falando sério. Eu mencionei que estou meio atarefado por enquanto, mas adoraria ter a oportunidade. Resultado: provavelmente em agosto dou um colóquio no IFT.
Como eu já mencionei, fiquei preocupado com a idéia. Agora, estou realmente assustado - talvez porque o convite tenha sido feito de maneira tão direta, mas provavelmente porque se trata do meu primeiro seminário acadêmico que não está relacionado a alguma disciplina. Fico me perguntando se sou realmente capaz de "sobreviver" a algo assim, em parte porque não consigo me livrar da idéia de que não sei se sou capaz, e em parte porque, honestamente, tenho receio de não ser capaz de responder às perguntas que posso receber... no fim das contas, acho que é tudo uma questão de auto-confiança. Maas... aos poucos venho aprendendo a lidar com isso. Se tem uma coisa que aprendi nos últimos anos é que temos aproveitar todas as oportunidades que conseguimos. Minha conclusão final é que o melhor a fazer é encarar esse seminário/colóquio como uma grande oportunidade de resumir o que sei/tenho que saber sobre Cristalografia - chances não faltam. Afinal, só pra começo de conversa uma das disciplinas que estou cursando neste semestre é Cristalografia. E, bem, que tipo de cristalógrafo seria eu se eu não conhecesse aquilo com que trabalho?? Só tenho a ganhar com esse colóquio, até porque não posso deixar de pensar nele como mais uma porta que se abre.
Enfim, se eu não parar, sou capaz de ficar escrevendo e escrevendo, dando voltas no mesmo tema.
In other news, quase pulei pra fora do carro hoje. Quando chegando à Cidade Universitária vindos do IFT, vi um carro da Cristália virando a esquina - me deu vontade de pular do carro e correr atrás deles pra tirar satisfação...
O pior de tudo nessa história é que ninguém fala nada. Pra melhorar mais ainda, minha orientadora não pode estar presente por motivos pessoais, e o resumo da ópera é simples: quem se ferra sou eu.
In still other news, gostaria de mencionar que é bobagem tentar abraçar o mundo com as pernas. Isso inclui todas as esferas de atividade humana - profissionais e pessoais. Certas pessoas simplesmente são irrelevantes demais pra se pensar nelas. Eu sempre tive um tom mais conciliador, tentando apaziguar arranca-rabos, brigas e encrencas por todos os lados. Ainda acho isso uma boa abordagem, mas às vezes isso só atrapalha - é mais produtivo calar a boca e deixar o barraco vir abaixo. É a primeira vez que falo desse tipo de coisa em blog/flog/etc, e provavelmente é a última. Prefiro reservar meus ciclos de processamento a assuntos que sejam minimamente importantes.
In still still other news, esta semana o Fly For Fun saiu da minha lista de prioridades. O que não deixa de ser curioso, até porque a Phyllis está perto de virar Ranger. Em parte isso se deve ao porre que é upar ganhando 0,1% de experiência por monstro (e, por maior que isso seja comparado aos níveis posteriores, continua sendo uma merreca). Isso também se deve ao fato de que, bem, eu tenho uma vida. Minhas medidas no mestrado vão indo bem, já tenho vários gráficos bonitinhos pra mostrar. Semana que vem é a vez de Cristalografia: completar dois relatórios, fazer listas de exercícios e estudar pra prova. Em seguida, virá Quântica.
Se sobrar um tempinho, Fly For Fun. Nothing else.
Soundtrack: Gabriel o Pensador - Tô Feliz (Matei o Presidente)