Pages

Friday, October 07, 2011

Quem não se comunica...

A internet é um lugar bizarro, onde as pessoas sentem a liberdade de fazer o que bem entendem, ao contrário da vida real, que, por ser uma realidade mais palpável, provoca vergonha em se tomar certas atitudes.

Um exemplo são as coisas que acontecem todo dia no Facebook. Recentemente muita gente tem trocado suas fotos de perfil por imagens de desenho animado que marcaram a infância. Atitude divertida, que comemora o dia das crianças lembrando que todos nós já passamos por essa idade da vida (embora haja casos de gente que já passou dos 40 e continue do mesmo jeito...). Antes do advento das redes sociais ninguém saía na rua usando uma máscara de desenho animado na época do 12 de Outubro... o que mudou?

Mudou a facilidade que as pessoas têm em se expressar. A noção de representatividade passa pelo conceito de "perfil", ou seja, uma página onde você fala dos seus interesses, idéias, compartilha links interessantes, perturba os outros com joguinhos de todo tipo. Em outras palavras, o perfil acaba sendo uma fachada, e é muito fácil se esconder atrás dessa fachada virtual; oportunidade que não aparece no mundo real. Então, as pessoas aproveitam para fazer justamente isso - se expressar.

Aos críticos desse tipo de serviço não faltam argumentos. Dizem que esse tipo de coisa é uma violação da privacidade, que esses sites usam as informações neles contidas para gerar listas preciosas de dados que muitas empresas pagam caro para obter, que qualquer pessoa pode ter acesso aos dados dos outros... enfim, a gama de respostas é tão grande quanto o número de pessoas que as protestam.

Pessoalmente acredito que "expor dados pessoais na rede" não é mais uma questão de opinião pessoal. A verdade é que, queira ou não, seus dados já estão na internet - de um jeito ou de outro eles vão parar lá. O que se pode fazer é tentar controlar tudo isso, justamente criando uma fachada onde se tem controle sobre o que aparece e o que não aparece - uma página de perfil.

Claro que isso é só mais uma opinião. Eu acho que os benefícios das redes sociais superam, de longe, os malefícios. No mundo de hoje, na verdade, elas são praticamente indispensáveis. Só por proporcionarem a oportunidade de manter contato com amigos distantes, ou mesmo encontrar, ainda que virtualmente, até mesmo os mais próximos, já vale a pena. A verdade é que, hoje em dia, não dá pra usar a internet sem aparecer um mínimo que seja na rede; mais que isso, atualmente a quantidade de recursos disponível on-line supera de tal forma o que se obtém através de meios mais tradicionais que quem prefere "não se envolver" fatalmente acaba ficando para trás. Nas palavras do imortal Abelardo Barbosa, "quem não se comunica, se trumbica."

Wednesday, October 05, 2011

RIP Steve Jobs

Ok, então Steve Jobs morreu hoje. De fato, é o fim de uma era - esse sujeito definiu o modo como vemos tecnologia hoje em dia, através de uma série de produtos inovadores, que introduziram conceitos que viraram padrão na indústria.

Através da Apple ele foi capaz de ser alvo da inveja dos outros fabricantes, a tal ponto que os recursos que apareciam nos produtos da companhia eram prontamente copiados pelos concorrentes. Amado pelos "macmaníacos" e odiado pelo mundo do PC, ninguém pode negar que o sujeito que foi demitido de sua própria empresa para voltar, triunfante, anos depois, deixa um legado inegável e deixa vazia uma posição de liderança que dificilmente será preenchida tão cedo.

Me pergunto o que será do futuro da Apple agora que seu Guia se foi - mesmo já afastado das atividades da empresa, agora a empresa - e sua nova liderança - terão que arriscar o vôo solo, sem contar com a rede de segurança que sempre esteve ali, "just in case".

Pessoalmente nunca fui fã das política draconianas da Apple, como a restrição nos formatos de arquivos de áudio suportados pelo iPod ou a resistência em adicionar suporte a Flash no iOS, mas é inegável a característica de inovação e criatividade que sempre foram a marca registrada dos seus produtos. Sem sentimentalismo, a ausência de Jobs não fará diferença nenhuma na minha vida. Mas o seu falecimento prematuro certamente será determinante no futuro da Apple e, consequentemente, da indústria da informática.

Thursday, March 03, 2011

Onward!

"Don't wait too long for the right reason, or else you might end up making the wrong choice."
-- me
I'm not completely sure about how that popped into my head. A couple of weeks ago I was doing... sometehing, and the words just came to me. Being completely honest I've been thinking a lot lately about what it means, and it probably just spontaneously formed from random thoughts I had in my mind.

It is about opportunities.

I don't really like to talk about personal stuff here; I'd rather leave it to when I'm face to face with the very few people with whom I actually feel close enough to talk about it. So I'm gonna try to keep things a bit superficial here.

When opportunity shows up we can't afford to hide from it. "Comfort zone" is just another name for a potential well: it's cool to just hang out there, vibrating in our fundamental frequency, but if you don't gain more energy to reach other levels and eventually go over the potential barrier you're never gonna see what's out there beyond the "event horizon", and that's bad because we grow when we are challenged, when there is a problem and we face it without fear. Each opportunity is a quantum of energy with the potential to help us overcome that barrier, but we only gain that energy if we actually interact with that quantum, or else it passes through and we are left none the wiser.

It takes a geek to come up with an analogy like that.

I could go on and on with it, but then I'd carve my way into other even less familiar topics but then the point would be kind of moot by then. I'd rather not end up with a null set (there, did it again).

I've been going through a quite... busy time in my life (in every sense) and what's curious about it is that it was caused by myself. It's something that began some time ago and for completely different reasons, but I've thought a lot about many things and now I see that one of the worst times of my life may have been also one with the best outcomes. Many opinions about people, places and events have changed a lot. It's all a big self-knowledge ride, really.

Bottom line, it feels pretty good to be finally moving forward.

Saturday, January 01, 2011

"Be always at war with your vices, at peace with your neighbors, and let each new year find you a better man."
--Benjamin Franklin

2010 began, as almost every year does, as a promise. A promise that good things would happen, that problems would be solved and forgotten and that nothing would go wrong. As usual, however, things did not go as I expected them to. Which was not a bad thing – not at all.

All in all, I dare say that 2010 has been the best year I have ever had. It has been, before all and above all, a year of enlightenment. Not in the religious sense, mind you, but in a personal sense, one which encompasses the way I see the world – and myself in it. In other words, I expanded my sense of perspective (even though no life form can have a full sense of perspective in order to exist).

Just the experience of living (even if just for a short while) in another country would have been enough to label 2010 as “a very good year”. I fell completely in love with Buenos Aires right from the very first day. Both day and night were calling out for me, and with a little incentive from a good friend I heeded that call, never looking back. I am glad I did. I had the good fortune of meeting some extraordinary people that made the city even more enjoyable, even if just for a couple of weeks – actually, even more so. And I met a different version of myself – one I intend to emulate more and more in the future, because I know it represents growth in a direction I want to follow.

But 2010 was more than Buenos Aires. This year was so good that the whole experience of living there took only one quarter of it (even though these things can’t really be measured). I took on traveling as one of those things that I live to do; I just couldn’t get enough of it. Visiting Paris, Chambon sur Lac, Buenos Aires, Colonia, Amsterdam and Foz do Iguaçu made me realize even more that knowing new places is something that never gets old for me. Having good friends to visit all over the world not only makes it even more interesting, but also serves as a good excuse to go. That said, places like Manchester, Slovenia and Hawaii made it to the top of my “to go” list.

I found within myself the strength to make some long-needed changes; that is my greatest achievement of 2010.

That is not to say, of course, that 2010 was a perfect year; I don’t expect to ever have a perfect year until the day I die. I had my share of problems, big and small.

I am grateful for each one of them, however. They were all opportunities for me to learn something about me or other people, and for a few times, both.

I admit I am a bit afraid of 2011; my expectations are a bit too high for it. And usually high expectations only end in disappointment. But if there is something I have learned in the past few years it is the fact that obsessing about things in advance is rarely a good thing; let 2011 come, and I’ll deal with it, for better or worse, one day at a time.

Happy New Year.